Ana M. Mourão (n. 1971, Lisboa).
O trabalho que tenho levado a cabo durante os últimos anos, tem produzido estruturas/territórios que se vão revelando lentamente, como se se tratasse de uma escavação. Escavação que pratico sem mapa, vou para onde as linhas me levam. O processo desenrola-se linha a linha, continuamente, num tempo próprio, lento, que me permite concentrar numa única acção de cada vez. Este desenhar é como uma meditação, decorre num espaço interior, como se nele encontrasse um retiro sensorial. (sozinha dentro de mim a tentar juntar os fragmentos). Só consigo apreender o resultado da minha acção no fim do processo. Perguntam-me, isto que vejo é o território ou o mapa do território? Não sei responder. |